quarta-feira, 29 de junho de 2011

São João


Junho, mês festivo, religioso.
Mês de São João, dadivoso.

São João está perto de nós,
sempre ouve a nossa voz.

Nós não precisamos soltar balões,
pois São João mora em nossos corações.

Na sua festa tem quadrilha, brincadeiras, casamento.
As bandeirinhas tremulam a todo momento.

Tem pipoca, pinhão, doce de abóbora, tortas, amendoim...
É tanta comida, que parece que não tem mais fim.

São João, abençoe a nossa comemoração.
Que tudo corra bem, com animação e organização
.

AOS HIPÓCRITAS

Eu vou jogar uma pedra
Na vidraça do teu riso
Pra te deixar indeciso
E pra te fazer chorar.
Não suporto o teu cinismo
E esse teu riso forçado
Eu quero ver sepultado
Na cova do teu azar.
Eu vou te infernizar
Bagunçar tua estrutura
Rasgar a tua figura
O teu espaço invadir.
Consumir tua energia
Elevar tua pressão
Deixar-te na solidão
Só pra não te ver sorrir.
Vou em teu prato cuspir
Destruir teus ideais
Jogar-te pra os canibais
Só pra não te ver feliz.
Quero roubar teu sossego
Todo instante toda hora
Tua paz vou jogar fora.
E ainda pedir bis.
Eu vou ser o teu juiz
Descobrir o teu segredo
Pra saber qual o teu medo
E eliminar teu poder.
Quero sugar o teu sangue
Alimentar-te o pavor
Pra mostrar que a tua dor
É o que me dá prazer.

VINÍCIUS GREGÓRIO DECLAMA POESIA DE BRÁS IVAN

JOÃO BADALO DECLAMA POESIAS

Minha droga é a Poesia



Poesia é bom demais!
Poesia é o meu conceito.
Pra mim o mal só tem jeito
Quando o real se desfaz
E, num “lapidar”, se faz
Um majestoso repente,
Que encanta qualquer vivente
Dotado de sentimento.
É na Poesia o momento
Que a dor não se faz presente.
É como se a Poesia
Fosse a minha Nicotina,
Meu Ópio, minha Heroína,
Meu Êxtase em demasia...
Ela é quem me fantasia
E quem traça meus traçados.
Através dos meus rimados
Me liberto desse mundo
Pra cair num mar profundo
De Lindos Sonhos Dourados.
Sou viciado em Poesia,
Disso eu tenho consciência.
Chega a dar abstinência
Se ela me falta algum dia...
Pra voltar minha alegria,
Basta eu tomar outra “dose”.
Venha comigo, se entrose!
Prove da minha “Heroína”!
Pois, dessa “droga” divina,
Quero morrer de overdose.
Quem prova minha “bebida”,
Sente o gosto do Sertão
E escuta o som do trovão
Mesmo em terra ressequida.
Venha que eu te dou guarida!
Vamos viajar sem prumo,
Sem conseqüência, sem rumo...
Sem medo de ter cirrose.
Te encosta, toma outra “dose”
Dessa droga que eu consumo.
Mas se tu achas nocivo
Esse vício que me enlaça,
Então fuja da fumaça
Que o efeito é corrosivo.
Feito um fumante passivo,
Vais ter um vício profundo.
E, nesse mesmo segundo,
Se queres uma “tragada”,
Podes “tragar”, camarada,
Tem verso pra todo mundo!
Vinícius Gregório
(São José do Egito/PE)