sábado, 15 de janeiro de 2011

Saudades de Luiz Gonzaga

10 ANOS SEM LUA

Dez anos já se passaram

De sua "TRISTE PARTIDA"
E neste Nordeste imenso
A grande ausência é sentida
A saudade vem à tona
Do som da sua sanfona
E de sua voz querida.

Quem cantou com emoção

Litoral, Sertão, Agreste
Retirante, nossas festas
Vaqueiro, "cabra-da-peste"?
- Foi o Lua, o Gonzagão
Eterno Rei do Baião
Orgulho deste Nordeste.

Com seu cantar sertanejo

Fez-se nosso menestrel
Pra cultura nordestina
Teve importante papel
A seca que tanto estraga
Na voz de Luiz Gonzaga
Teve um retrato fiel.

A alma do nordestino

Por ele foi dissecada
Sua religiosidade
Suas festas de latada
Sua valentia e desejos
A paixão dos sertanejos
Também se fez retratada.

Com coco, xote, xaxado

Xamego, marcha e baião
Fez o Nordeste dançar
Nas festas de São João
Com suas belas canções
Em circos, praças e salões
Encantava a multidão.

Passaram de mil as músicas

Que nosso Lua gravou
E com essas melodias
Um quadro fiel pintou
Do sertão, suas paisagens
Detalhes e personagens
Com talento registrou.

Revelou a triste cena

da seca e seu desespero
porém mostrou as belezas
do nordeste brasileiro
Seus costumes e valores
vaqueiros e cantadores
cantores e sanfoneiros.

"FEIRA DE CARUARU",

"PAU-DE-ARARA", "JUAZEIRO",
"QUI NEM JILÓ", "ASSUM PRETO",
"BAIÃO", "MORTE DO VAQUEIRO",
"CHÁ CATUBA", "CAPIM NOVO",
E a "SANFONA DO POVO",
"SABIÁ" e "BOIADEIRO".

Esses títulos já revelam

Que o Nordeste está ali
Os sertões do Pajeú,
Do Araripe e Cariri
A fauna, a flora,os lugares
E os tipos populares
Neles gritam: "Tô aqui".

Quem nunca teve a vontade

De ser aquele "caboco"
De ter a sorte de estar
NUMA "SALA DE REBOCO"
E dançar com "CAROLINA"
Com a mão na "CINTURA FINA"
E de paixão ficar louco?

Quem ao som da "ASA BRANCA"

Não sentiu toda emoção
E viu brotar uma tristeza
Do fundo do coração
Pensando no desatino
Da luta do nordestino
Contra a seca no sertão?

Por tudo que ele fez

Por tudo que ensinou
Merece eterna homenagem
De quem influenciou
E de todo brasileiro
E até do mundo inteiro
Pela herança que deixou.


(José Honório da Silva )

O Vaqueiro

Eu venho dêrne menino,
Dêrne munto pequenino,
Cumprindo o belo destino
Que me deu Nosso Senhô. 


Eu nasci pra sê vaquêro,
Sou o mais feliz brasilêro,
Eu não invejo dinhêro,
Nem diproma de dotô. 


Sei que o dotô tem riquêza,
É tratado com fineza,
Faz figura de grandeza,
Tem carta e tem anelão,
Tem casa branca jeitosa
E ôtas coisa preciosa;
Mas não goza o quanto goza
Um vaquêro do sertão. 


Da minha vida eu me orgúio,
Levo a Jurema no embrúio
Gosto de ver o barúio
De barbatão a corrê,
Pedra nos casco rolando,
Gaios de pau estralando,
E o vaquêro atrás gritando,
Sem o perigo temê. 


Criei-me neste serviço,
Gosto deste reboliço,
Boi pra mim não tem feitiço,
Mandinga nem catimbó. 


Meu cavalo Capuêro,
Corredô, forte e ligêro,
Nunca respeita barsêro
De unha de gato ou cipó. 


Tenho na vida um tesôro
Que vale mais de que ôro:
O meu liforme de côro,
Pernêra, chapéu, gibão. 


Sou vaquêro destemido,
Dos fazendêro querido,
O meu grito é conhecido
Nos campo do meu sertão. 


O pulo do meu cavalo
Nunca me causou abalo;
Eu nunca sofri um galo,
pois eu sei me desviá. 


Travesso a grossa chapada,
Desço a medonha quebrada,
Na mais doida disparada,
Na pega do marruá. 


Se o bicho brabo se acoa,
Não corro nem fico à tôa:
Comigo ninguém caçoa,
Não corro sem vê de quê. 


É mêrmo por desaforo
Que eu dou de chapéu de côro
Na testa de quarqué tôro
Que não qué me obedecê. 


Não dou carrêra perdida,
Conheço bem esta lida,
Eu vivo gozando a vida
Cheio de satisfação. 


Já tou tão acostumado
Que trabaio e não me enfado,
Faço com gosto os mandado
Das fia do meu patrão. 


Vivo do currá pro mato,
Sou correto e munto izato,
Por farta de zelo e trato
Nunca um bezerro morreu. 


Se arguém me vê trabaiando,
A bezerrama curando,
Dá pra ficá maginando
Que o dono do gado é eu. 


Eu não invejo riqueza
Nem posição, nem grandeza,
Nem a vida de fineza
Do povo da capitá. 


Pra minha vida sê bela
Só basta não fartá nela
Bom cavalo, boa sela
E gado pr'eu campeá. 


Somente uma coisa iziste,
Que ainda que teja triste
Meu coração não resiste
E pula de animação. 


É uma viola magoada,
Bem chorosa e apaxonada,
Acompanhando a toada
Dum cantadô do sertão. 


Tenho sagrado direito
De ficá bem satisfeito
Vendo a viola no peito
De quem toca e canta bem. 


Dessas coisa sou herdêro,
Que o meu pai era vaquêro,
Foi um fino violêro
E era cantadô tombém. 



Eu não sei tocá viola,
Mas seu toque me consola,
Verso de minha cachola
Nem que eu peleje não sai,
Nunca cantei um repente
Mas vivo munto contente,
Pois herdei perfeitamente
Um dos dote de meu pai. 


O dote de sê vaquêro,
Resorvido marruêro,
Querido dos fazendêro
Do sertão do Ceará. 


Não perciso maió gozo,
Sou sertanejo ditoso,
O meu aboio sodoso
Faz quem tem amô chorá.

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

A volta de Virgulino pra consertar o sertão

Conta Caetano Veloso
Num verso espetacular:


"Minha mãe me deu ao mundo
De maneira singular
Me dizendo uma sentença
Pra eu sempre pedir licença
Mas nunca deixar de entrar"

E por isso eu peço à História
E aos guardiões da verdade
Permissão para escrever
Com natural liberdade
Solto no tempo e no espaço
Um tema sobre Cangaço
Justiça, Moralidade. 


O tempo bom já se foi
Muita gente pensa assim
E se a vida era difícil
Por certo está mais ruim
Parece até que este mundo
Mergulha num caos profundo
Já decretando o seu fim. 


Hoje em dia só se vê
Guerra, sequestro, atentado
Miséria, fome, doença
Vulcão, enchente, tornado
Desemprego, violência
Corrupção, indecência
Se espalham por todo lado

Os jovens sem esperança
Que haja melhores dias
Se entregam logo às drogas
Às badernas e às orgias
Amparando-se em galeras
Se tornam vorazes feras
Fazendo selvagerias. 


Políticos demagogos
Jurando santa inocência
Só se elegendo por serem
Uns ladrões de consciência
Mantendo o povo carente
E por isso dependente
Dos programas de assistência. 


Também os capitalistas
Que lucram com a pobreza
Dão apoio a esses homens
Pensando só na riqueza
Nos bancos seu saldo cresce
Enquanto o povo padece
Sem comida sobre a mesa.

Pior mesmo são aqueles
Que plantam a tal da maconha
Vendendo falsa alegria
A quem a ela se exponha
Perde a liberdade, o tino
Se tornando um libertino
Viciado e sem-vergonha. 


Mas a praga mais atroz
Atende por Impunidade
Quem tem poder pinta e borda
Quer no campo ou na cidade
Porém nada lhe acontece
Só o pobre é quem conhece
O rigor da autoridade. 


E aí o povo pira
Sem saber o que fazer
Quem é reto raramente
Prova o gosto do vencer
Já o tronxo se sai bem
Mangando sempre de quem
Vive no mundo a perder. 


Mas no Nordeste houve um tempo
Que a coisa foi diferente
Os poderosos de antanho
Sentiram que à sua frente
Um outro poder nascia
Afrontando a tirania
Sem temer ouro ou patente. 


Velames e macambiras
Deram moldura à odisséia
E muitos já escreveram
Sobre essa grande epopéia
Como eu nunca pesquisei
Com o pouco do que eu sei
Aqui dou só uma idéia. 


Quer força seria esta
Que causou apreensão
A quem achava ter o
Mundo na palma da mão
Foi ela um cabra-da-peste
Este El Cid do Nordeste
VIRGULINO, LAMPIÃO

Por muito tempo causou
Grandioso rebuliço
Enfrentando os poderosos
- O povo precisa disso -
Desde quando começou
Virgulino demonstrou
Que não brincava em serviço. 


Igual ao vate Camões
Na luta perdeu uma vista
Mas em termos de campanha
Foi um bom estrategista
Em fileira a tropa andava
E o derradeiro apagava
Seus rastros, pra não dar pista. 


Se morresse um cangaceiro
Levavam o corpo consigo
Escondendo pois a baixa
Confundindo o inimigo
A outro seu nome dava
E a macacada pensava
Que ainda era o antigo. 


São estes rasos exemplos
Da sua pródiga malícia
Por isso Lampião foi
Expoente na milícia
Sendo assim, anos a fio
Com astúcia conseguiu
Dar um quinau na polícia. 


A quem tinha o bom guardado
Pedia contribuição
Se atendesse ao pedido
Dava eterna gratidão
Mas ai daquele sujeito
Que dissesse "não" ao pleito
Do Grande Rei do Sertão. 


Não há bom sem ter defeito
Sempre ouvi do meu avô
Se matou gente inocente
E moçoilas profanou
Foram cenas isoladas
Em horas desatinadas
Isso Deus lhe perdoou. 


O que vinga para a História
É que o grande Virgulino
Procurou fazer justiça
Forjado pelo destino
À elite fazendo ver
A pujança e o poder
Do matuto nordestino

Porém na Fazenda Angicos
Essa fase se findou
O poder dos potentados
De novo sozinho reinou
Mas para o povo sofrido
Lampião não foi vencido
Não morreu, só dormitou. 



Mas o Sino-Salomão
Acabou de revelar
Que esses modernos algozes
Não perdem por esperar
Pois pra nossa salvação
O nosso herói, Lampião
Breve, breve, irá voltar. 


Já formou sua nova tropa
Seu roteiro está traçado
Muita arma e munição
Deixa o bando preparado
Da alpercata à testeira
Pra cantar "Mulher Rendeira
" E se esbaldar no xaxado. 


Pra não perder muito tempo
Nem sair da direção
Se verá na próxima estrofe
Uma curta relação
Cujos nomes metem medo
E revelam um segredo:
São os cabras de Lampião.

Inocêncio, Meteoro
Pau-de-Sebo, Mutirão
Torpedo, Dila, Vandame
Zé Orvalho, João Tufão
Raio Laser, Mó-Sentado
Rola-Grossa, Delegado
Terremoto e Folião. 


Começarão perseguindo
O cafajeste que ilude
Crianças que mal adentram
No verdor da juventude
Pra vender corpo e moral
Esse vai morrer no pau
Sem ninguém que lhe ajude. 


Prefeito que contratar
Trio Elétrico no São João
Renegando a melodia
De xote, coco e baião
Ficará nuzinho, pelado
Para dançar um xaxado
De costas pra Lampião. 


Mas também quem só gastar
Grandes somas de dinheiro
Com essas bandas medíocres
Que tocam forró fuleiro
Inventado por cearense
Manda avisar que não pense
Que escapa do cangaceiro. 


Sua Excelência, o político
Que não honrar seu mandato
Crescendo às custas do sangue
Do povo ordeiro e pacato
Lampião já avisou:
A esse perdão não dou
Mas lhe surro, capo e mato.



Salteador das estradas
Cantadas por Marcolino
Se não der um basta nisso
Será triste o seu destino
Vai comer quilo de sal
E engolir um Sonrisal
A mando de Virgulino. 


E o plantador de maconha
Perdição da juventude
Trate logo de parar
Peça que o bom Deus lhe ajude
Mas caso não se arrependa
Faça logo a encomenda
Ligeiro, dum ataúde. 


Onde e quando voltará
Ninguém tem convicção
Mas parece que o Nordeste
Só tem mesmo solução Com a vinda de um sujeito
Com raça, coragem e peito
Do valente Lampião.

José Honório da Silva

Você tem tanta frescura que qualquer pessoa nota

Você diz que muriçoca
Não pousa na sua sombra
Formiga preta lhe assombra
Cavalo-do-cão lhe choca
Pra pegar numa minhoca
A mão direita não bota
Só pega com a canhota
E se a minhoca for dura
Você tem tanta frescura
Que qualquer pessoa nota

(Antonio Lisboa)

Respeito você exige
Mas pinta os pêlos de louro
Fala que derruba um touro
Mas com barata se aflige
Na rua ônibus dirige
Em casa fogão pilota
De dia é Tonhão da Frota
De noite é Zé Tanajura
Você tem tanta frescura
Que qualquer Pessoa nota

(Edmilson Ferreira)

Os Nonatos

1. O planeta movido a internet
É escravo da tecnologia

2. Desafio em galope a beira-mar

3. Sextilhas: Eu duvido ter quem veja

4. Deus me ensina a ser bom de coração
E eu aprendo a ser ruim não sei porque

5. Quem se julga de Deus a semelhança
Não é nada com ele parecido

6. Pra quem sente o poder do Criador
Não tem nada maior que a natureza

7. Do que vale ser dono de um diploma
Se não tenho um emprego garantido

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Sebastião Dias e João Paraibano

Saí com meu filho feliz passeando
Nas areias brancas da Praia do Pina
Dei logo de cara com uma menina
Com um peixe na mão vinha balançando
Caiu na areia ficou rebolando
De pernas abertas pra me provocar
Meu filho com medo começou gritar
Pai se nunca viu venha ver agora
O peixe da moça com a língua de fora
Nos dez de galope na beira do mar

(João Paraibano)


Download:http://www.4shared.com/audio/WCsqE4qf/SEBASTIO_DIAS_E_JOO_PARAIBANO_.htm

Apague o cigarro antes, Do cigarro lhe apagar


Na sua composição
O cigarro tem benzeno
Amônia, benzopireno
DDT e alcatrão
Causa desde hipertensão
À fibrose pulmonar
Além de incomodar
As pessoas não fumantes
Apague o cigarro antes
Do cigarro lhe apagar
(Raulino Silva)

Eu não entendo o motivo
De quem fuma tendo aviso
Além do seu prejuízo
E para o fumante passivo
Todo espaço coletivo
Tem Proibido Fumar
Se você não respeitar
Demore poucos instantes
Apague o cigarro antes
Do cigarro lhe apagar
(Edvaldo Zuzu)

Motes sobre chifre...

Se o assunto é traição, ai vão 3 faixas :

1. Quanto mais ela namora
Mais eu sou louco por ela
(Valdir Teles e Louro Branco)

2. Do jeito que estou agora
Se ela voltasse eu queria
(Zé cardoso e Valdir Teles)

3. Sou mais ver uma láguima no seu rosto
Do que ver seu sorriso é traidor
(Jonas Andrade e Gilmar de Oliveira)

Tem noites que chego em casa
Encontro a porta batida
Já tem outro na dormida
Debaixo de sua asa
Enquanto ele manda brasa
Eu espero na janela
Só vou a procura dela
Quando o outro vai embora
Quanto mais ela namora
Mais eu sou louco por ela

(Valdir Teles)


Quando a primeira partiu
A segunda apareceu
Mas o culpado fui eu
E depois todo mundo viu
A segunda me traiu
A primeira não traía
Não fumava e nem bebia
A outra fuma e namora
Do jeito que estou agora
Se ela voltasse eu queria

(Zé Cardoso)

http://rapidshare.com/files/86867485/Motes_de_corno.zip.html 

Provocação de Vizinha

Com a Bíblia e um rosário
Procurei um reverendo
E fui logo lhe dizendo
Escute aqui Seu Vigário
Ao confessionário
Há muito tempo eu não vinha
Porque motivo eu não tinha
Mas agora um me atormenta
Homem fraco não aguenta
Provocação de vizinha

Eu não bebo, não namoro
Também não tenho complexo
Mas esssa história de sexo
Me perdoe, Padre, eu adoro!
E lá na rua que eu moro
Mora uma comadre minha
Do juízo de galinha
E a trazeira de jumenta
E homem fraco não aguenta
Provocação de vizinha

No altar da Santa Madre
Não nego os pecados meus
Seu Padre, eu pensava em Deus
Agora é só na comadre
Precisa ver Seu Padre
Como é que ela caminha
E no banco da pracinha
O jeito que ela se senta
E homem fraco não aguenta
Provocação de vizinha

A mulher é tão faceira
Que quando chega na praia
Tira a blusa, tira a saia
E se escorna numa cadeira
Uma perna em Mangabeira
Outra lá em Camboinha
E é nessa brincadeirinha
Que o caboclo se arrebenta
Homem fraco não aguenta
Provocação de vizinha

Entre as casas minha e dela
Há uma meia parede
E igual a um touro com sede
Ontem eu espiava ela
Ela chegou na janela
Esticou uma cordinha
E estendeu uma calcinha
Roçando na minha venta
Homem fraco não aguenta
Provocação de vizinha

O Padre ai perguntou:
- E ela tem as pernas grossas?
- Dão três ou quatro das nossas
Seu Vigário, já pensou?
A pele é um bibelô
Nunca nasceu uma espinha
Todos desejam a boquinha
Dos seus lábios de polenta
E homem fraco não aguenta
Provocação de vizinha

O padre fez um sorriso
E falou com água na boca:
Vou confessar essa louca
E vou com ela ao Paraíso
Diga a ela que eu preciso
Falar com ela a noitinha
Ela me espere sozinha
Que eu chego às doze e quarenta
Que homem fraco não aguenta
Provocação de vizinha

E você, seu deletério
Seu maniaco, tarado!
Vá rezar ajoelhado
No portão do cemitério
Pra cada santo um mistério
E uma salve rainha
E a cada ladainha
Acenda uma vela benta
Que depois você aguenta
Provocação de vizinha

Daudeth Bandeira

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Geraldo Amâncio

"Vale lembrar que a cantoria iniciou-se no Nordeste através de trovas".

As violas afinadas
Nos desafios medonhos
Sonorizam as madrugadas
Enchendo as noites de sonhos

Deus quer na côrte cuprema
Ouvir um coral divino
Cantando hozana num poema
De um cantador nordestino

Dos sofrimentos das massas
A cantoria nasceu
Canta a história das raças
Que a própria história esqueceu

(Geraldo Amâncio)

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Anizio disse...

Navegando esse blog encontrei
Me parece que foi obra do divino
Já estou com outros dividindo
Esse acervo pra outros repassei
Dessa obra um leitor sempre serei
Poesia pra mim é como um hino
Declamada ou cantada é muito fino
É a nossa cultura Nordestina
Que os caminhos da vida ela ensina
Quem não gosta é mesmo um desatino.