domingo, 8 de julho de 2012

Cumade Fulôzinha (Guibson Medeiros)

Na cidade de cabedelo
Existe uma mata fechada
Dizem que é mal assombrada
Se entrar é bom ter zelo
Se  bagunçar não tem apelo
E se ouvir uma risadinha
Corra que vai ser pior
E  o assobio de um cipó
É da cumade fulôzinha

Vive escondida na  mata
Esperando oferenda
Me disseram que era lenda
Mas isso ninguém constata
Quem vai lá não desacata
Que da mata ela é rainha
Vá num dia de domingo
Vê a fumaça do cachimbo
Da cumade fulôzinha

Dizem que tem catatumba
E eu fui pra comprovar
Ouvi um som ecoar
Parecido de zabumba
Um terreiro de macumba
E pena preta de galinha
Uns bonecos de vudu
Em cima de um pé de caju
A cumade fulôzinha

Pode fazer uma visita
Mas é bom não ir sozinho
Vá pelo jardim manguinho
Que essa mata é esquisita
Tem gente que acredita
Que a cumade é bem velhinha
Mas que não sente remoços
Dona da mata dos poços
É a cumade fulôzinha.

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