quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

José Alves Sobrinho ganha prêmio do Ministério da Cultura

Pesquisa de professora da UEPB sobre José Alves Sobrinho ganha prêmio do Ministério da Cultura

O resultado do Edital-Prêmio Mais Cultura de Literatura de Cordel - Edição Patativa do Assaré, do Ministério da Cultura (MINC), reservou uma grata surpresa a uma docente da UEPB. Lotada na Pró-reitoria de Pós-graduação e Pesquisa (PRPGP) da Instituição, a professora convidada Joseilda de Sousa Diniz, foi uma das escolhidas na categoria Pesquisa. Joseilda ganhou o prêmio com a tese intitulada “José Alves Sobrinho: un poète entre deux mondes/José Alves Sobrinho: um poeta entre dois mundos”, sob orientação da professora Ria Lemaire da Université de Poitiers, cuja defesa foi realizada em outubro de 2009, na Universidade de Poitiers, na França.


Segundo Joseilda, a conquista do prêmio vem destacar não somente a importância da obra de José Alves Sobrinho no contexto da Cantoria e do Cordel, como também a necessidade urgente de novas políticas culturais que dinamizem a produção e disponibilizem a comunidade o acervo de cordéis da Biblioteca Átila Almeida da UEPB, na qual a docente efetua suas pesquisas e que foi construída, inclusive, numa parceria intensiva do professor Átila com o poeta José Alves Sobrinho. O prêmio coloca a Paraíba mais uma vez no mapa dos estudos sobre a poesia oral, destacando não só o trabalho da professora Joseilda, mas a UEPB e os poetas paraibanos, em especial, José Alves.

José Alves Sobrinho por Joseilda de Sousa Diniz

Poeta, cantador, improvisador, violeiro, nômade e autodidata, Sobrinho perdeu, no auge da carreira, a sua voz magnífica; tornou-se pesquisador em tradições populares e terminou a carreira como docente e pesquisador da Faculdade de Letras da Universidade Federal da Paraíba, hoje UFCG.

Para ver todos os ganhadores, confira nos link: http://www.in.gov.br/visualiza/index.jsp?data=14/12/2010&jornal=3&pagina=18&totalArquivos=280.

Políticas públicas de cultura

O Edital vem demonstrar também a importância das políticas públicas culturais voltadas para o campo das Poéticas das Vozes (poesia oral), bem como a diligência dos órgãos governamentais em colocar a poesia e o imaginário popular no centro de suas preocupações. Para a categoria de Pesquisa (dissertações de mestrado, teses de doutorado ou reedição de livros), foram contempladas dez iniciativas, no valor de R$ 25 mil cada.

Segundo Joseilda, este ano, o prêmio vem ressaltar “a importância da Literatura de Cordel como patrimônio imaterial brasileiro, entendendo sua unicidade e papel fundamental na construção da identidade e da diversidade cultural do país.” Assim, R$3 milhões foram disponibilizados pelo MINC, com o objetivo de incentivar iniciativas vinculadas à criação, produção, pesquisa, formação e difusão da Literatura de Cordel e linguagens afins.

A criação, pela UNESCO, em 2001, do Patrimônio Oral e Imaterial da Humanidade, representou um passo fundamental em direção a uma visão diferente, muito mais positiva, das tradições orais e populares.

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