quinta-feira, 16 de dezembro de 2010
A mentira que deu certo.
Vou lhes contar uma história
De um caso acontecido
Onde verdade e mentira
Quase têm mesmo sentido
Pois se o cabra não mente
Termina sendo indecente
Sem nada ter ofendido.
Um caboclo bem casado
Que era muito amoroso
Junto com sua mulher
Tinha um casório vistoso
Vivia em lua-de-mel
Era um sujeito fiel
Dedicado e carinhoso.
Porém um dia voltando
Já tarde do seu batente
O pneu do carro fura
Num azar sem precedente
Fazendo ele se atrasar
Na volta para seu lar
O que fazia contente.
Ali não tinha outro jeito
A não ser trocar ligeiro
Aquele pneu sacana
Que atrasou seu roteiro
Pois chegar tarde em casa
Pra quem nunca se atrasa
Pode sujar o terreiro.
Apressou-se no serviço
Pois o tempo ia passando
E enquanto ele trocava
Sua mão ia sujando
Fazendo aquela lambança
Foi quando a sua aliança
Foi do dedo escorregando.
Tentou ele segurá-la
Porém já não tinha jeito
A danada se enfiou
Num bueiro bem estreito
Ele ali ficou olhando
Somente se lamentando
Depois do serviço feito.
Agora ele estava frito
Com toda sinceridade
Mas ser sincero pra ele
Era contar a verdade
Mas quem ia acreditar
Nesta estória de azar
Ou mesmo calamidade.
Foi seguindo seu caminho
Pensando no que faria
Pois se dissesse a verdade
Ninguém acreditaria
Nem mesmo sua senhora
Que por conta da demora
Desconfiada estaria.
Quando ele chegou em casa
A mulher foi perguntando
O que foi que aconteceu
Que agora é que vem chegando
Suado e amarrotado
E com cara de safado
Que eu já estou adivinhando.
E cadê a aliança
Seu cachorro de uma figa
É bom você dizer logo
Antes que comece a briga
Ele seco engoliu
E um reboliço sentiu
Remexendo na barriga.
Mas pra não ficar de bode
Ele começou contando
O caso foi o seguinte
Fique quieta escutando
Conheci uma morena
Bonita e de voz serena
Que foi logo me beijando.
Levei ela pro motel
Ou quem me levou foi ela
Quando dei fé minhas causas
Já estavam na canela
Mas juro foi atração
Porque o meu coração
É só seu e nunca dela.
Foi quando fui me lavar
Que a desgraça aconteceu
A aliança caiu
E no vaso se perdeu
Saí de lá na carreira
Só pensando na besteira
Que nesse dia se deu.
Agora estou eu aqui
Para pedir seu perdão
E se você não quiser
Vai matar meu coração
Porém mentir eu não minto
E a verdade é que eu sinto
Por você muita paixão.
A mulher ouvindo isso
Saiu correndo da sala
Pensou ele com certeza
Deve estar fazendo a mala
Mas ela voltou chorando
Chega vinha soluçando
Tremendo e cortando a fala.
Disse ela eu te perdôo
Pois você disse a verdade
Vamos tentar ficar juntos
Desta vez com lealdade
E se você não mentiu
É porque não conseguiu
Agir com tanta maldade.
Ele suspirou sorrindo
Vendo salvo o casamento
Abraçou a sua esposa
No maior contentamento
E a verdade me inspira
Porém às vezes mentira
É o melhor argumento.
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Orgulho de Ser Nordestino (Flávio José)
Além da seca ferrenha
Do chão batido e da brenha
O meu nordeste tem brio
Quer conhecer então venha
Que eu vou te mostrar a senha
Do coração do brasil
São nove estados na raiva
Todos com banho de praia
Num céu de anil e calor
São nove estados unidos
Crescentes fortalecidos
Onde o brasil começou
E hoje no calcanhar da ciência
Formam uma grande potência
Irrigando o chão que secou
É verdade que a seca inda deixa sequela
Mas foi aprendendo com ela
Que o nosso nordeste ganhou
Deixou de viver de uma vez de esmola
E foi descobrindo na escola
A grandeza do nosso valor
Eu quero é cantar o nordeste
Que é grande e que cresce
E você não conhece doutor
De um povo guerreiro, festivo e ordeiro.
De um povo tão trabalhador
Por isso não pise, viaje e pesquise.
Conheça de perto esse chão
Só pra ver que o nordeste
Agora é quem veste
É quem veste de orgulho a nação.
Do chão batido e da brenha
O meu nordeste tem brio
Quer conhecer então venha
Que eu vou te mostrar a senha
Do coração do brasil
São nove estados na raiva
Todos com banho de praia
Num céu de anil e calor
São nove estados unidos
Crescentes fortalecidos
Onde o brasil começou
E hoje no calcanhar da ciência
Formam uma grande potência
Irrigando o chão que secou
É verdade que a seca inda deixa sequela
Mas foi aprendendo com ela
Que o nosso nordeste ganhou
Deixou de viver de uma vez de esmola
E foi descobrindo na escola
A grandeza do nosso valor
Eu quero é cantar o nordeste
Que é grande e que cresce
E você não conhece doutor
De um povo guerreiro, festivo e ordeiro.
De um povo tão trabalhador
Por isso não pise, viaje e pesquise.
Conheça de perto esse chão
Só pra ver que o nordeste
Agora é quem veste
É quem veste de orgulho a nação.
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